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Advogado com câncer terminal deixa doação de R$ 8 milhões para reformar hospital em SP

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) vai ganhar uma reforma muito necessária após receber uma doação milionária do advogado Orlando Di Giacomo, que deixou R$ 8,2 milhões para a instituição antes de falecer, em 2012.

Orlando morreu aos 72 anos, vítima de um câncer de pulmão. Em seu testamento, reservou a quantia para o instituto, que finalmente poderá usar os recursos depois de todos os trâmites legais.

De acordo com o jornal “Estadão”, o advogado não tinha filhos e batalhou três anos contra a doença, que tinha caráter terminal.

A amizade forjada entre Orlando e o médico Paulo Hoff, diretor-geral do Icesp, foi decisiva para a decisão solidária.

A doação de R$ 8,2 milhões (90% do patrimônio do advogado) foi realizada há nove anos, mas só agora poderá ser usada graças a uma autorização judicial. O dinheiro será usado para o hospital do SUS (Sistema Único de Saúde) e para o Hospital Sírio-Libanês, onde ele recebeu o tratamento.

“Foi uma grande surpresa”, disse o oncologista Paulo Hoff. “Ele era um paciente agradável, bom de conversa. Demonstrava curiosidade pelos tratamentos e preocupação social, mas nunca revelou que faria um gesto dessa magnitude.”

O dinheiro chegou em um momento crucial para o hospital, que é maior centro especializado em oncologia da América Latina.

A instituição carece de manutenção urgente. “A realidade brasileira é de apertos orçamentários. É difícil conseguir recurso público para trocar fachada, embora a obra fosse necessária. Como houve essa benesse, pudemos realizá-la sem ter de mexer no orçamento destinado ao tratamento dos pacientes”, disse Hoff, citando também a necessidade de revestir as pastilhas do edifício que estavam se desprendendo, o que poderia ocasionar infiltrações.

Além das reformas, o dinheiro doado será usado para fazer melhorias nos auditórios utilizados para atividades de ensino e para projetos de pesquisa sobre o câncer.

O Dr. Orlando construiu uma carreira brilhante na advocacia trabalhando em grandes empresas. Por quase cinco décadas ele atuou no Demarest, um dos escritórios de advocacia mais respeitados do Brasil e da América Latina e liderou a criação do Cesa (Centro de Estudos das Sociedades dos Advogados), além de integrar a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em vários cargos.

FONTE: JUSBRASIL.